bicicleta, política e ativismo |
Qual é a relação da bicicleta com política e ativismo? É em conseqüência da questão ambiental ou o que? Pode haver mil razões para estabelecer uma relação entre a bicicleta, política e ativismo que não seja só a questão ambiental. Só para escolher uma boa razão: respeito à vida, todas as vidas, de todos, de tudo. A importância que a bicicleta tem em nossa sociedade, principalmente em países ou localidades com altos índices de pobreza, é muito maior do que se possa imaginar a princípio. Não se restringe à melhora do meio ambiente. Bicicleta é um bem de primeira necessidade para populações de baixa renda, auxilia no equilíbrio social e ambiental, abrindo possibilidades para um futuro digno e auto-sustentável para todos. Racionaliza o uso de espaço urbano, e pode facilmente se transformar em fator de redução de trânsito. O uso da bicicleta traz benefícios claros para seu usuário e mesmo para quem não é usuário e não gosta de pedalar. Bicicleta empresta a seu usuário "liberdade". Tudo isto está provado através de diversas pesquisas científicas. Talvez o ponto fraco do universo da bicicleta seja a postura da maioria dos ciclistas que não conseguem se representar como categoria. Com isto perdem a possibilidade de transformar para melhor não só suas próprias vidas, mas de todos, mesmo dos que não pedalam.
"Ao socialismo se vai de bicicleta"
A Escola de Bicicleta tem interesse único no bem-estar de todos, ciclistas, não motorizados e todos os demais. Ela não tem ligação com nenhum partido político e, ao mesmo tempo, gostaria de estar ligada a todos eles, por que a bicicleta e o ciclista é um fato que está aí.
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manifesto |
Manifesto para Viabilização de Bicicletas como Modo de Transporte Todas as ações em prol da bicicleta são importantes, desde que sejam sensatas, realistas, viáveis e que, de maneira alguma, agridam outros. Não crie um Manifesto pelo simples fato de criar ou de reclamar: sua posição ficará muito enfraquecida. Pesquise, estude e procure conhecer o assunto que está sendo reivindicado. Depois de criado o seu Manifesto, faça correr um abaixo assinado de apoio no qual deve constar o nome, nº de documento e assinatura dos interessados na defesa da causa. Tenha sempre consigo um caderno de anotações, para registrar dados de possíveis interessados em colaborar, e outras informações importantes. O próximo passo deve ser a entrega do documento para a pessoa correta. Pesquise e descubra quem decide de fato. Nem sempre quem decide é a pessoa que você imagina. Nem sempre entregar ao prefeito ou político influente é o melhor caminho. Você pode entregá-lo a um "chefe" de um setor adequado, e endereçar também uma cópia para alguém de maior poder para apreciar e solucionar a questão. Sempre acompanhe de perto o impacto que sua ação causará. É tão ou mais importante que a ação em si. Insistir com conveniência é um bom caminho. É bom lembrar que a entrega do Manifesto não é a única forma de fazer reivindicações. Há inúmeras ações possíveis, algumas mais diretas, outras mais ligadas a bastidores. Mas, qualquer que seja sua opção, nunca perca de vista a palavra "respeito".
Em último caso, descubra quais os direitos legais que lhe cabem e vá ao Ministério Público. Mas aí a situação será de confronto, o que complica muito o desenrolar da situação.
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construir um manifesto forte |
A melhor forma de fazer reivindicações locais é através da criação de um Manifesto Estadual ou Regional apropriado. Cada Estado ou Região tem seus problemas e particularidades. O primeiro passo é procurar descobrir o que de fato é importante para todos. Separe as reivindicações por temas e prioridades. Procure formar um grupo que represente os diversos interesses dos ciclistas. Se quiser fortalecer este grupo, procure e faça acordos com outros grupos de não motorizados que possam também se beneficiar com esta luta. Divida obrigações.
Procure se informar se há alguém cuidando de bicicletas e outras mobilidades não motorizadas ou alternativas na Prefeitura ou Governo. Descubra até que ponto chegou o trabalho desse pessoal, o que pode ser feito para ajudá-los, o que ou quem atrapalha. Evite sempre conflitos. Sempre abra as portas, até mesmo para tentar descobrir que atuação levará ao caminho correto.
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em seu Estado ou Região |
Não há dúvidas que os problemas dos ciclistas apresentam algumas diferenças locais; mas, a maioria deles são os mesmos: falta de segurança em algumas rotas ou pontos, facilidades ou dificuldades para pedalar ou estacionar, etc. O poder público dá pouca atenção aos ciclistas, os técnicos de trânsito nem sempre reconhecem o valor dessa prática, há enormes pressões econômicas, considerações sobre a fragilidade desse meio de locomoção (as bicicletas quebram com facilidade) e sobre a má educação de muitos ciclistas... O interessante é que todos nós nos assemelhamos de alguma forma e cometemos os mesmos erros, seja aqui ou numa rica Europa. Na verdade, somos praticamente iguais. Quando se lê reivindicações de diversas e, às vezes, distantes localidades são surpreendentes suas semelhanças. O ideal seria que todos os Manifestos apresentassem aproximadamente o mesmo formato e características, até mesmo porque regras de segurança de trânsito variam muito pouco em seu conteúdo básico. Junte seu grupo e crie o Manifesto para seu Estado ou Região. As instruções estão logo abaixo. É um exercício trabalhoso, mas compensador.
Faça correr os dois Manifestos: o Federal, e de seu Estado ou Região, para o maior número possível de colaboradores e participantes. Tente transformar estes Manifestos em uma bola de neve.
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como fazer o Manifesto |
Para ter um melhor resultado, leve em consideração:
Caso precise de mais ajuda e idéias, veja o anexo "A bicicleta como modo de transporte" em nosso site ou entre em contato conosco através do link contato deste site.
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a entrega do Manifesto |
A melhor forma de entregar um manifesto ou documento reivindicatório é com a presença de ciclistas, interessados, simpatizantes da causa, numa ordeira manifestação que seja acompanhada por jornalistas, repórteres ou qualquer mídia. Quanto mais gente presente à entrega, melhor. Mas sem bagunça! Dê a incumbência da entrega a alguém que seja representativo, calmo, tenha boa fala e, acima de tudo, saiba do que esta falando. Jornalistas experientes são pessoas esclarecidas que podem dar boas dicas sobre a melhor forma de entrega (e conseqüente divulgação do fato). Entregue sempre em mãos do destinatário ou de seu representante enviado. Não entregue a desconhecidos. Muito importante: Entregue o documento com redação clara e sem erros. Peça para algumas pessoas habilitadas façam a revisão do texto.
Tenha o cuidado de não entregar um Manifesto municipal, regional ou estadual com o título ou destinatário errado - é comum ocorrerem essas falhas que devem ser evitadas.
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