A história da bicicleta, por Valter Bustos |
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Pesquisa e texto de Valter Bustos
O Celerífero
A Draisiana
Biciclo Mac Millan
Biciclo Michaux
James Starley
Quadro trapezoidal
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breve sinopse |
1820 - Draisiana infantil (primeira infantil do mundo). 1868 - 1ª prova de ciclismo no mundo, vencida pelo inglês James Moore. 1868 - 1ª prova feminina no mundo, ocorrida em Paris, no dia 1º de novembro. 1869 - (polêmica) Biciclo Guilmet&Mayer, considerado por alguns pesquisadores como a "primeira" forma de bicicleta do mundo. 1879 - Biciclo Lawson, para a maioria dos estudiosos, a "primeira" forma de bicicleta do mundo. 1887 - Invenção do pneu por James Boyd Dunlop. 1889 - 1º câmbio de bicicleta, por Johann Walch, Alemanha. 1890 - Quadro trapezoidal, Humber, Inglaterra. 1890 - Tubos laminados, Mannesmann, Alemanha. 1891 - Pneus tubulares Michelin, França. 1895 - Bicicleta com eixo cardan, França. Olimpíadas O pleno reconhecimento da bicicleta como veículo, ocorreu no final do Século XIX, com a inclusão do "Ciclismo" na primeira Olimpíada da Era Moderna, na cidade de Atenas em 1896.
Foram cinco provas:
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a Bicicleta no Brasil |
A história da bicicleta no Brasil é sempre um tema de certa polêmica, apesar de pouquíssimos estudiosos ou pessoas simpáticas ao tema, terem se debruçado sobre ele. Vários são os fatores que conduzem ou favorecem a essa situação, com destaque, sem dúvida, à ausência de uma bibliografia específica, até por que, foram poucos a escreverem sobre o tema ao longo do séc. XX. Anterior a esse período, a coisa fica reduzida a notícias de jornais, e alguns informativos de clubes. No entanto, é consenso entre os pesquisadores que as primeiras bicicletas e biciclos que chegaram ao Brasil no último quartel do séc. XIX ocorreu no eixo Rio/São Paulo. Ademais, soma-se aos fatores citados a grande ascendência cultural em nosso país, que tem o futebol sobre as demais modalidades desportivas. Se, por um lado, as bicicletas eram um atrativo e um deleite para as classes mais abastadas - essa fase ocorreu praticamente em toda à Europa e também no Brasil -, quando aconteceu a sua massificação no pais, logo após a II Guerra Mundial e durante a década de 50, elas adquiriram o "status" de "veículo da classe trabalhadora"; ou seja: já discriminadas pela sociedade consumista do pós-guerra. Outro dado de suma importância e pouco lembrado para os que desejam entender a razão de estarmos na contra mão dos paises civilizados quanto à utilização racional da bicicleta, também remonta aos anos 50, mais especificamente, sob a presidência de Jucelino Kubitschek, quando este, mudou a "matriz" do transporte em nosso país, fazendo a opção pelos veículos motorizados, inclusive, trazendo para cá, as primeiras montadoras de veículos leves, ônibus e caminhões. O desdobramento dessa política suicida que hoje pagamos o preço foi a imediata abertura de estradas por todo país e o sucateamento de nossas ferrovias, bem como, o banimento dos bondes que eram uma realidade nas grandes cidades brasileiras. Quanto à inclusão da bicicleta nesse processo, nada! Portanto, a idéia já nasceu morta, se é que chegou a nascer. A conjuntura econômica de época não era ruim, e isso permitiu uma profusão de pequenas fábricas de bicicletas produzindo um excelente material em São Paulo (capital e interior), e objeto de nossa pesquisa. Citamos algumas das marcas encontradas: Role; Beckstar; Bluebird; Patavium; Cacique; NB; Scatt; Hélbia; Adaga, Vulcão; Caloi; Rivera; Bérgamo, Monark; Zeus; Luxor e Apolo. Essas marcas ainda tinham o desafio de concorrer com as importadas provenientes da Inglaterra, Itália, França, Suécia e Alemanha. As bicicletas eram importadas pelos magazines: Mesbla; Cássio Muniz; Lojas Pirani; Mappin e Eletrorádiobras. Havia espaço para o mercado crescer mais, afinal, o carro ainda era um sonho longínquo para a grande maioria, e a situação era confortável para os fabricantes até o advento da Revolução de 64, e as reformas monetárias que se seguiram. Os fabricantes que tinham dívidas atreladas ao dólar devido a importação, principalmente de máquinas, ruíram, pois o acesso aos empréstimos governamentais foram suspensos. Nesse contexto de dificuldades para a maioria, Caloi e Monark começaram a deslanchar em busca do domínio do mercado de bicicletas. As duas "grandes fábricas" vão pulverizando aos poucos as "pequenas notáveis" que sobreviveram, mediante aquisição e fechamento das marcas. O monopólio de mercado se deu até o final da década de 80, com o advento mundial do Mountain bike e a abertura do mercado nacional já no início dos anos 90, inicialmente para as bicicletas produzidas em Taiwan e na China. A partir desse momento o mercado sofreu uma brutal transformação quer pela entrada de produtos com altíssima qualidade, bem como, o perfil do consumidor que passou a ser bem mais exigente. Em decorrência dessa nova situação Caloi e Monark quase naufragaram, sendo que a primeira deixou de ser uma empresa familiar, e sob uma administração competente, voltou a ocupar uma boa fatia no mercado nacional de bicicletas. A Monark restou buscar as origens, e sobrevive comercializando alguns modelos básicos e consagrados no mercado. |
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